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Por presidente do CROO-RS, Alexandre Classmann.

 

No dia mundial da visão, comemorado nesta quinta-feira (13/10), a fila de espera por consultas oftalmológicas diminuiu 33% de janeiro a agosto, em Porto Alegre. Ainda assim, são 18.324 pacientes que aguardam. Isso na capital do RS, que concentra a maior rede de atendimento básico do Estado. Para a consulta de triagem visual, que é a avaliação e possivelmente correção com lentes ou óculos, são quase 8.500 pessoas na fila de espera. Seguramente, todo esse contingente poderia ser facilmente suprido por optometristas, que possuem a qualificação necessária para o atendimento primário da saúde da visão. De forma mais rápida, a contratação de optometristas por parte do poder público ou mesmo contratualização com clínicas de Optometria pode solucionar esta situação de falta de acesso à saúde.

Cerca de 35% das prescrições de lentes no Rio Grande do Sul (óculos ou lentes de contato) já são provenientes de optometristas com formação de nível superior. Em 2020, as receitas de optometristas não passavam de 16%. O crescimento no número de prescrições de lentes provenientes de profissionais optometristas está diretamente ligado à decisão do STF que reconheceu a atividade, não havendo mais óbice legal para sua atividade.

Com a profissão de optometrista de nível superior reconhecida pelo STF, é possível ver que a Optometria tem prosperado e, acima de tudo, contribuído para a saúde visual da população, para a qualidade de vida das pessoas. Os profissionais optometristas estão preparados, qualificados e reconhecidos legalmente para atuar na saúde da visão da população. E como se vê em Porto Alegre, há demanda. De modo que as pessoas não podem ficar a mercê de uma reserva de mercado que produz uma fábrica de cegos.

A verdade é que mais de 80% das pessoas que aguardam consulta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) possuem apenas problemas refrativos, como miopia e astigmatismo, que são as principais causas de dificuldade visual evitável, bastando corrigir com o uso de óculos ou lentes de contato prescritas por um optometrista. Além destes casos, há dados consistentes da preservação da visão e da saúde dos olhos da população na detecção ágil de glaucoma e retinopatias, por exemplo, e de enfermidades sistêmicas como diabetes e hipertensão, estes, remetidos com brevidade ao médico especialista.

Os optometristas estão salvando vidas e combatendo a cegueira. Mas podem fazer muito mais. Existem hoje no Brasil mais 5 mil profissionais em optometria, profissionais de saúde com capacitação para avaliar a condição de todo o sistema visual e ocular, aferindo sua integridade e sinais de deficiência na visão que possam ser corrigidas com a receita de óculos ou
lentes.

Nesta data tão importante, que lembra a necessidade de se cuidar da saúde da visão, que remete a qualidade de vida da população e das famílias, os optometristas colocam-se à disposição para contribuir e trabalhar em prol da ciência e da saúde multidisciplinar.

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